“Conta-se a história de um palestrante que, quando convidado a falar numa reunião de pré-adolescentes, perguntou à filha qual deveria ser o tema de sua palestra. Ela respondeu: “Diga-lhes: filhos sejam pacientes, porque seus pais estão ainda aprendendo como educar os filhos.”
Pais: Autoridade! Cobertura! Proteção! Exemplo! São boas palavras para quem pratica?
As crianças procuram exemplos para seguir e, esta regra serve para todas as situações na vida, onde os pais são os principais modelos. Ser amigo, colega, parceiro, não substitui o papel do pai.
Muitos pais exigem de seus filhos condutas que eles próprios não praticam. Mantém relacionamentos difíceis, não se conversam, agridem-se, não se respeitam, e exigem que os filhos se comportem diferentes consigo. Não é um bom referencial.
A ausência do pai no lar, geralmente leva a mãe a sentir-se impotente, incompreendida e insatisfeita com a sua condição de mulher, trazendo dificuldades para ela na educação solitária do filho.
Por isso, é importante sempre haver a presença de ambos na educação dos filhos. O diálogo claro, objetivo, o respeito entre ambos os pais, deve ocupar o patamar das prioridades, para que eles possam entender e reconhecer a necessidade de regras e limites, e o exemplo da autoridade em suas vidas.
A omissão é o lado mais nocivo na educação dos filhos. Se a severidade extrema e a agressividade são atitudes que só levam à rebeldia, a omissão é como deixar com fome, é matar os sentimentos pela falta, é rejeição. Todas estas coisas comprometem a autoridade dos pais. É uma das questões recorrentes de queixas em terapia.
A criança necessitará sempre da liderança e da proteção de um pai, que esteja presente nas alegrias, nas dificuldades, um pai que abra os seus caminhos, que o cubra de cuidados e o ajude a encontrar a sua identidade.
Independente da origem étnica, classe social ou condição civil dos pais, ou seja, em qualquer sociedade, a relação “pai e filho”, em ambos os sexos, é simplesmente insubstituível. Na sociedade moderna, onde ser mãe solo tem sido há cada dia mais comum, esse papel tem sido exercido pelas mães com louvor, mas a ausência do pai, continua sendo uma lacuna difícil de ser preenchida.
Em tudo, o segredo está no amor. O amor move, comove e constrange. Quem ama quer estar por perto, quer cuidar, quer fazer parte da vida de quem ama, independente do obstáculo.
Vamos repfletir sobre nosso papel de pais, só assim podemos construir uma sociedade melhor. Somos os principais responsáveis por aqueles que trazemos ao mundo. Parabéns àqueles que exercem esse papel com maestria.
Martha Prado
Neuropsicóloga
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O mundo está carente de PAI. As gerações mais recentes, que hoje são pais, já vêm com esta carência de afeto e autoridade, e tentam fazer o seu melhor.
O que fazer com tantas ” crianças grandes”, perdidas com seus bebês no colo, com seus adolescentes sem a estrutura da figura paterna?
O QUE FAZER?
MUITO BOM TRAZER ESTA QUESTÃO PARA REFLEXÃO.