Praticamente desde a Revolução Industrial, a mulher saiu em busca de suas conquistas, e tem, insistentemente, lutado por seus direitos, mas como a toda conquista antecede uma luta, nesse caso não foi diferente. Temos que admitir, que a mulher de hoje não é mais aquela que a história relata até o início do século XX.
Muitas vezes, por falta de entendimento, a tendência é responsabilizá-la, até mesmo, pelo fracasso do homem: “É ela quem tem ocupado o lugar dele, é ela quem perdeu a sensibilidade, a mansidão e a sensualidade!”
É verdade que a mulher sempre desejou ter oportunidades, e se lançar ao mundo como “pessoa”, na busca de encontrar a si mesma. Porém, percebe-se que tanto o homem como a mulher, numa tentativa de acompanhar as modificações rápidas e contínuas que a sociedade lhes impôs, não se detiveram à reflexão e nem a avaliação das perdas, focaram somente nos ganhos.
Hoje, ela trabalha, estuda, está em postos de comando nas empresas e na política e, no entanto, uma voz íntima, insiste em solicitar, que alguém que lhe dê passagem, que lhe abra a porta do carro, que se levante para ela sentar-se , e ainda, sente falta do tempo que não tem com a família e para si mesma. Essa mesma mulher das muitas conquistas, na vida moderna, está a reclamar cuidados, proteção, complementaridade e simplicidade na rotina.
A busca da mulher, equivocadamente, foi vista como luta pela igualdade, enquanto ela apenas tentava encontrar a liberdade de SER.
Martha Prado
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“A mulher apenas tentava a liberdade do “SER”.
Muito esclarecedoras suas colocações, Psi Martha.
A mulher emaranhou-se em tantas coisas que não consegue viver sua essência.
Tomara que ela encontre equilíbrio entre as coisas que talvez não tenham mais volta e o seu precioso SER.